Saem os produtos, entram os serviços
SaaS é o retrato da realidade digital
Nos desdobramentos da hegemonia digital, a tecnologia transformou a relação do homem com a máquina. Produtos perderam o foco, dando lugar a serviços. No ambiente corporativo, deixamos para trás o tempo em que o consumidor era obrigado a realizar pesados investimentos em hardwares e softwares, e passamos a contar com serviços digitais que oferecem armazenagem e gestão de dados de maneira remota.
Em 1997, a máquina vencia o homem na histórica partida de xadrez entre o campeão Gary Kasparov e computador o IBM Deep Blue, que previa cerca de 200 milhões de jogadas por segundo. Era a década de consagração dos softwares, em que testemunhamos a supremacia do Windows 95 da Microsoft.
Em meio à corrida de adaptação ao cenário digital, vivenciamos recentemente outra profunda mudança, muito em decorrência da própria evolução das ferramentas, que ganharam dinamismo, segurança e atuação mais ampla e integrada. Ficou bem claro que seria impossível manter a evolução dos softwares nas mãos do cliente, o que vinha exigindo investimentos cada vez mais pesados em equipamentos e atualizações.
O conceito de nuvem surge então em consequência do amadurecimento da Internet: plataformas compartilhadas que disponibilizam o serviço na medida do necessário, ou do contratado.
A nuvem está em todos os serviços que utilizamos, do comércio aos transportes, do entretenimento aos prontuários hospitalares.
No ambiente corporativo, tanto na iniciativa privada quanto nas administrações públicas, a nuvem reescreveu a história. Dificilmente é necessário – ou viável – para as empresas adquirir os softwares de que ela precisa para realizar suas atividades diárias.
Diante do novo cenário, o SaaS (Sotware as a Service) mostrou-se naturalmente a solução mais eficaz para suprir as necessidades de lidar com informações e processos sem dispender de pesados investimentos. Afinal, por definição, trata-se de um serviço, e não um produto.
No Brasil, a contratação de um SaaS já acontece pela legislação vigente, recentemente simplificada com a nova Lei de Licitações 14.133/21. Entre as vantagens de implantar um SaaS, está a estrutura do próprio sistema, que incorpora todos os serviços: armazenagem em nuvem, manutenção, suporte e treinamento online, integração entre sistemas, segurança e proteção de dados. Além disso, as atualizações são extremamente mais fáceis e ágeis do que os softwares podem oferecer, por meio da implantação de novas versões que acompanham as tendências de mercado.
Na administração pública, as Govtechs oferecem a vantagem de tirar das entidades e empresas a responsabilidade de desenvolver e adquirir softwares que se tornam obsoletos e ter o risco na entrega do produto adquirido ou desenvolvido internamente e que não consegue estar em consonância com as tendências globais. E ainda, ter que manter, corrigir problemas de sistemas, ter equipe interna superdimensionada de suporte técnico.
O SaaS nasceu com o advento dos servidores em cloud para disponibilizar softwares e aplicativos em um formato universalizado, atendendo às necessidades dos usuários e clientes e que podem ser personalizados e customizados para atender necessidades específicas, se for o caso, e desde que não descaracterize o propósito e missão do produto.
Com vistas a suprir a necessidade da modernização da gestão pública, aplataforma QZelafoi criada em 2019 e já está a caminho do lançamento de sua segunda versão. O serviço atende às demandas dos gestores públicos e privados, gerando e fornecendo dados qualitativos para a gestão e governança ligadas às atividades de manutenção de infraestrutura e zeladoria urbana.
“O caráter preventivo e antecipado das operações de manutenção preditiva tem maior apelo para a prevenção de danos e previsibilidade de falhas, a partir de análises de banco de dados, resultando em ganhos operacionais e econômicos. Estima-se que, o investimento em serviços através de plataformas SaaS multiplica-se inúmeras vezes em ganhos com eficiência e agilidade”, relata Roberto Badra, CEO e fundador do Westars Technology Group, desenvolvedor e detentor da plataforma QZela.
Do outro lado, QZela disponibiliza um aplicativo gratuito para o munícipe, fornecendo-lhe um canal complementar de atendimento ágil, confiável e seguro e que esteja na palma da sua mão. Ao baixar o app, o cidadão pode contribuir e reportar problemas urbanos e acompanhar a o status da solução, receber a devolutiva, e tem a possibilidade inclusive de avaliar o serviço prestado.
Roberto Badra complementa ainda que a plataforma QZela foi idealizada a partir de um conceito único, uma politica pública para impactar no desenvolvimento socioambiental e econômico. Sob esses pilares, todos ganham a sociedade, o poder público e os setores privados. Ele ainda arrisca dizer que “apesar de ser uma ferramenta robusta e com altas soluções tecnológicas, em termos de usabilidade, QZela é mais fácil do que assistir a um filme na Netflix”.
Já está ultrapassada a ideia de que o avanço tecnológico não chega à administração pública com a mesma agilidade com que beneficia as empresas privadas. E govtechs como a plataforma QZela vieram para provar que é possível aplicar tecnologia de ponta para obter ganhos imediatos, contribuindo com mais previsibilidade e eficácia, além de monitoramento de qualidade e redução de custos.